Canção somática dos andores carregados



Onde havia um avião já houve hidromassagem,
perdendo ramos nas íngremes encostas virtuais,
por buracos sombreados passada a mensagem
da casa construída há dois séculos bem reais.






Deixem livres os peixes-gato, eles são imortais,
como para tantos bagres a morte não existe,
vencidas as barreiras por exemplos tão banais
aumenta o peso do intelecto do asbesto triste.

Quantas coisas em si não são apenas objetos,
quando na realidade, são os próprio sujeitos.
Na utopia sempre poderemos ter os aspectos,
e ver em Thomas Moore minuciosos defeitos.
Enquanto o grito da Kalashnikov no breu ecoa,
canta, sorrindo para bolachas de água e sal,
excita-as por todos os poros só ouvir a loa,
tão silenciosa na superfície quente do lamaçal.

Não podem ser mais hospitaleiros os mariscos,
nem alimentar as crianças com carne de pato.
Ondeia e vai, pulcro e fúlvio espírito andante,
como na mitigação do perfume que lhe é nato.
Elefantes foram favorecidos nesses lugares,
pelas fileiras retilíneas e  uniformes de anzóis,
pelas tempestades quando devoravam lagares,
voltando todos para o laticínio entre lençóis.

Inúteis serão mudanças no boteco do pastor,
a água é onipotente e cala a sede das vacas.
Se três vezes por dia nós carregarmos o andor,
o buraco da luz sempre brilhará sobre barracas.






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